segunda-feira, 19 de maio de 2014

O problema não é a Copa.

Estamos vivendo as vésperas, menos de um mês para a Copa. Dessa vez em nosso país, o que gera em alguns o sentimento de orgulho e em outros um sentimento de revolta. Mas não é uma revolta contra a competição e sim com o que o governo fez (ou deixou de fazer) nesse período. Vivemos a expectativa de um lado de uma grande festa e, de outro, protestos contra o evento.

O objetivo de uma Copa é o de trazer desenvolvimento às áreas que servirão de palco para as partidas, ou pelo menos deveria ser o objetivo. No entanto o que vimos durante esses sete anos de preparação desagradaram a muitos, o que ocasionou entre outras coisas protestos como os que vimos no ano passado. O desenvolvimento esperado não veio, muito dinheiro público foi gasto e boa parte desse montante desperdiçado.

Infelizmente muitos de nós sabíamos desde o início, desde a escolha como sede da Copa algumas coisas que aconteceriam: Copa com maior parte dos recursos vindos da iniciativa privada? Em um país mergulhado em corrupção há de se pensar que dinheiro público rolaria nesse meio, resultando no desenvolvimento de alguns bolsos. Ou alguém acredita que os valores dos custos aumentados seja simplesmente porque o material das obras ficou mais caro?

Entre outras coisas, muitos de nós já imaginaríamos os atrasos, não só nos estádios, mas também em nossa (já décadas atrasada) infraestrutura. Parece na nossa cultura os atrasos, tornando verdadeira a frase "o brasileiro deixa tudo para a última hora". Geralmente acaba dando certo, embora tenhamos a sensação de que "poderíamos ter feito melhor caso começássemos antes". O ideal seria que os estádios fossem todos bancados pela iniciativa privada enquanto o governo poderia se encarregar das demais coisas.

O montante que está sendo investido nos estádios e em obras que não ficarão prontas a tempo e, talvez passada a Copa nunca fiquem prontas (e que poderia estar em outras áreas mais importantes em nossa realidade como educação, saúde e segurança) é o que decepciona as pessoas, que querem sim comemorar muitos gols na competição, mas que estão indignadas com o como o nosso dinheiro foi mal gasto nas obras superfaturadas e atrasadas que estão por aí.

No mais, percebemos que o Brasil não estava preparado no momento para sediar uma Copa. Seria um desejo sim do povo ter a competição por aqui, mas em um Brasil que esperamos ver no futuro, mais desenvolvido, com muitos de seus problemas (como os sociais, de saúde, educação e segurança) resolvidos ou realmente sendo solucionados por aqueles que colocamos no poder. O problema não é a Copa e sim como o a organização do evento no Brasil se preparou pra ela..

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Menores

E novamente o "menor da tranca de bicicleta" volta a atacar. Acredito que todo mundo lembre, no começo do mês um menor foi preso pelo pescoço com uma tranca de bicicleta no Rio de Janeiro. Então. esse mesmo menor voltou a assaltar (http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/adolecente-preso-com-tranca-de-bicicleta-volta-a-apanhar-no-rio) e ainda utiliza a fama conquistada com o caso para se proteger.

Primeiramente, é claro que houve um exagero dos "justiceiros", aqueles que o trancaram no poste. Trancar alguém no poste é sim desumano, mesmo sendo um bandido o cara que estava lá amarrado, mas acredito que não haveria mal algum se alguém o segurasse sem violência, simplesmente não o deixando sair do local, até a chegada da Polícia ou o conduzisse à uma delegacia.

Justiça com as próprias mãos, apesar de ser um retrato de pessoas cansadas de tamanha impunidade, não é a melhor forma de resolver as coisas. Se fosse, não precisaríamos do Poder Judiciário. E mais, se alguém faz justiça com as próprias mãos, está se rebaixando ao nível do bandido. Não vejo forma de fazer justiça com as próprias mãos sem violência, e portanto, sem cometer outro crime.

Não escrevo para falar do que aconteceu com esse menor, mas sim do que vemos todos os dias, em vários casos, em todo o Brasil: menores, amparados pela lei, que cometem crimes. Eu não entendo a lógica em se proteger menores que "trabalham" para o mundo do crime, enquanto muitos menores de bem que gostariam de trabalhar honestamente não podem e, assim como todos nós, cidadãos de bem, sofrem com o problema da "insegurança pública".

O fator social pode influenciar na entrada de alguém no mundo do crime? Pode, mas não justifica. O fato de um jovem ser pobre ou morar em uma favela não quer dizer que ele será um criminoso. É fato que as chances de uma influência podem ser maior, mas não são todos que seguem esse caminho errado. Se fossem, como explicar jovens ricos, teoricamente com uma boa vida que também cometem crimes?

O que chama a atenção é que a lei parece proteger os menores que estão por aí roubando, furtando e matando pessoas, amparados pela certeza da impunidade. Vemos todos os dias casos assim, e também vemos todos os dias essas pessoas saírem da delegacia como se nada tivesse acontecido, enquanto vítimas perdem seus bens com muito suor conquistados ou familiares choram seus entes queridos.

Se não é possível a redução da maioridade penal para 16 anos (um absurdo, já que um jovem dessa idade pode, por exemplo, votar), que fossem criadas punições mais severas. A ficha de um bandido não deveria ser zerada depois que ele completa 18 anos. Acredito que jovens reincidentes deveriam ter uma pena maior e parar de ser tratados como meros infratores, uma pessoa que comete crime duas vezes já é um verdadeiro bandido!

Defendo também, para não dar a esse menor a desculpa de que "não tem qualificação", que nesse tempo em que ele estivesse recluso, houvesse a possibilidade do mesmo fazer cursos técnicos ou profissionalizantes, em diversas áreas. Assim o mesmo sairia de lá pelo menos teoricamente com a chance de uma nova vida.

Enquanto isso, outra coisa que me chama a atenção, agora pelo lado bom, é que converso com vários menores de bem. Muitos, na faixa dos 16 ou 17 anos comentam comigo que gostariam muito de trabalhar, porém muitas empresas não os contratam (aparentemente) por serem menores de idade. Acredito que esses menores, de bem, que querem desde já começar uma vida honesta, deveriam ser melhor amparados por nossas leis, deveriam poder ter a opção de entrar em um emprego, ganhar seu dinheirinho, viver a sua vida independente.

Mas esse é o nosso Brasil, onde menores que cometem crimes são bem tratados pela lei, enquanto ao mesmo tempo aqueles jovens honestos que querem viver uma vida honesta ficam a mercê dos outros e nem sempre recebem as oportunidades que deveriam.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Voltar?

Boa tarde!

Já faz um tempo considerável que não posto nada por aqui. Tenho fases e fases, fases mais políticas, fases mais sentimentais... meus últimos posts em 2012 tratavam desta última fase. No momento, como não estou, digamos, apaixonado, então não tem por que eu falar disso, não há inspiração.

Por outro lado, vejo nos últimos tempos notícias, acontecimentos. Coisas que acontecem no Brasil e no mundo sobre diversos assuntos: política, segurança pública, saúde, educação entre outros. Ao ler opiniões e também chegar as próprias conclusões, senti vontade de escrever também sobre o que acontece.

Não sei ainda quando ou o que vou escrever, tenho ideias, muitas ideias, renderiam muitos posts. Sei que minhas opiniões podem não agradar a algumas pessoas, mas se for para agradar a todo mundo seria melhor eu ficar calado, o que não é bom.

Por enquanto é isso. A qualquer momento pode aparecer um texto por aqui. Uma boa tarde a todos e até o próximo post!